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Vasco projeta São Januário reformado com cerca de 45 mil lugares, diz dirigente

Renato Brito indica capacidade entre 44 e 46 mil lugares e vê 2026 como cenário provável para início da obra

19/11/2025 07:30 - Atualizado 18/11/2025 13:30

foto: Projeto de Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

O segundo vice-presidente geral do Vasco da Gama, Renato Brito, apresentou novos detalhes sobre o projeto de reconstrução de São Januário durante o Lance! Talks – Rio, Capital Mundial do Esporte, realizado no Salão Nobre da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, no Palácio Pedro Ernesto. No evento, o dirigente explicou que a capacidade final do estádio ainda está em estudo, mas adiantou que o clube trabalha com a ideia de ficar “na metade do caminho” entre 40 e 50 mil lugares. Segundo ele, a definição do tamanho da arena considera não apenas aspectos esportivos, mas principalmente a viabilidade financeira da obra e da operação futura.

Brito informou que os estudos indicam uma tendência para uma capacidade na faixa de 44 a 46 mil torcedores, patamar que colocaria o novo São Januário um pouco acima do estádio do Palmeiras e ligeiramente abaixo do do Corinthians. De acordo com o vice-presidente, o clube leva em conta projeções que apontam a necessidade de manter, em média, ao menos 70% dos assentos ocupados ao longo do ano para evitar que o equipamento se torne deficitário. Por isso, a decisão sobre o número de lugares é tratada de forma alinhada ao orçamento disponível, tanto para o financiamento da obra quanto para os custos permanentes de manutenção e operação da futura arena em São Cristóvão.

Capacidade do novo São Januário e critérios econômicos

Outro ponto detalhado por Renato Brito foi a venda do potencial construtivo do terreno de São Januário, considerada etapa central para viabilizar financeiramente o projeto. Segundo o dirigente, o Vasco mantém conversas com três parceiros interessados, sendo a SOD Capital a empresa disposta a adquirir cerca de 90% desse potencial. A companhia tem prazo até 12 de dezembro para concluir o processo, data que, de acordo com Brito, foi definida para oferecer segurança ao investidor. Ele afirmou que, se a SOD entender que precisa de mais tempo para cumprir todas as exigências, o clube está disposto a ajustar os prazos, desde que preservados os compromissos assumidos entre as partes.

O vice-presidente destacou que a direção vascaína procura organizar toda a documentação e as condições contratuais de forma a facilitar a atuação do investidor, com o objetivo de garantir que cada etapa seja cumprida dentro dos parâmetros legais e financeiros previstos. A conclusão dessa negociação é apontada como pré-requisito para a fase seguinte do projeto, que inclui a definição final do modelo de financiamento, o cronograma executivo da obra e os ajustes finais no desenho arquitetônico da nova arena. Somente após o fechamento da venda do potencial construtivo é que o clube pretende oficializar prazos mais precisos para o canteiro de obras em São Januário.

Venda de potencial construtivo e prazo para início das obras

Apesar de considerar o planejamento adiantado, Renato Brito evitou estabelecer uma data exata para o começo da reforma, ressaltando que ainda há etapas financeiras a serem concluídas. Ele indicou que o clube trabalha com a perspectiva de iniciar a intervenção estrutural a partir de 2026, desde que a negociação do potencial construtivo seja finalizada em condições satisfatórias. Até lá, a direção seguirá focada em assegurar que o projeto resulte em um estádio com capacidade compatível com a demanda de público, taxa de ocupação próxima a 70% e estrutura sustentável para o clube no longo prazo, reunindo os recursos necessários para transformar São Januário em uma arena modernizada, vinculada à sua função social e ao calendário de jogos do Vasco.

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