Psicóloga do Atlético afirma que Hulk não é mais o mesmo: ‘Ele evoluiu’
Encontro mensal na Arena MRV provocou reflexão em momento de ataques ao atacante e ídolo alvinegro
30/04/2025 14:05

Pedro Souza/Atlético
Suspenso pelo Brasileirão, Hulk foi importantíssimo no empate do Atlético diante do Maringá, nesta terça-feira (29), pela terceira fase da Copa do Brasil. Foi do ídolo da ‘Massa’ o gol de empate na partida contra a equipe paranaense, no Willie Davids.
Hulk, mais uma vez por reclamação, foi advertido com o cartão amarelo. O árbitro, a caminho do VAR – que não marcou pênalti polêmico contra o Atlético, advertiu o atacante, que foi pauta no encontro do clube junto à imprensa.
Há pouco, na manhã desta quarta-feira (30), o Atlético reuniu, na Arena MRV, jornalistas e youtubers para a nova edição do ‘Por Dentro do Galo’, que hoje tratou da ‘Psicologia e Saúde Mental no Esporte’. Michelle Rios, psicóloga do Atlético, avaliou a evolução geral de Hulk.
“Proatividade e agressividade. O capitão do Atlético não pode ser passivo. O Hulk melhorou em todos os aspectos. O número de cartões que recebeu desde 2023, até os dias de hoje, regrediu, e muito, no quesito ‘reclamação’. Temos isso fundamentado e é prova de que mostra evolução”,
Atlético trata situações emocionais com bastante atenção
Em tempo, a profissional que já atuou em outros clubes e inclusive no Cruzeiro, detalhou como é tratar diversas situações de embate mental entre os atletas. Ainda assim, falou sobre a forma de trabalhar com diferentes tipos de jogadores, considerando suas posições em campo.
“Precisamos trabalhar cada posição da forma que a atenção e a concentração necessitam. Os goleiros precisam estar atentos de uma maneira e trabalhar certas emoções, os atacantes, por exemplo, precisam ser oportunistas”, prosseguiu Michelle.
Em 2023, o Atlético atravessava má fase no Campeonato Brasileiro, e ela conta como ajudou o time de Felipão, à época, retomar o caminho das vitórias. Antes do encontro diante do São Paulo, no Morumbis, que culminou no fim da sequência negativa, Michelle propôs solução:
“Conversei com o Felipão e com Caetano – ex-diretor de futebol do clube. Fomos enfáticos quanto à proposição em realizar uma atividade em grupo, onde pôde-se observar um enorme retorno dos atletas quanto ao momento negativo que vivíamos”, relatou.
Michelle ainda citou a proximidade que tem com os atletas
A psicóloga conta que o dia a dia no centro de treinamento do clube é extremamente essencial na percepção mental dos atletas. Todavia, reforça o contato direto com os jogadores no ato da chegada para treinamentos e concentrações, por exemplo.
“Às vezes no dia, outras vezes no dia depois. Deixamos ele curtir a partida, e reiniciamos o trabalho logo em seguida. O nosso trabalho é (na Cidade do Galo) onde todos entram, estamos sempre ativos. Chego e dou bom dia, e logo já percebemos como é a reação”, finalizou.
Assistência social do Galo também faz parte do processo
Parceira de Michelle, Neila Bittencourt, assistente social do Atlético, falou sobre a questão interna de como adotar medidas mais próximas às famílias dos atletas. Muitas das vezes, é recomendável que os familiares tomem algumas providências internas para o melhor rendimento dos mesmos.
“Temos de saber lidar e contornar a ida até mesmo das famílias aos jogos. É ali que se tem um contato mais próximo da esposa, dos filhos, com o trabalho daquele que vive na mesma casa e compartilha uma vida juntos. É preciso tratar sobre o assunto e ampará-los da melhor forma possível”, conta Neila.