Presidente rasga o verbo contra brasileiros: ‘Assassinos e chorões’
Executivo foi contra pauta antirracista e opinou sobre leis brasileiras
18/03/2025 08:20 - Atualizado 18/03/2025 10:50

Reprodução/Peñarol
Os bastidores do sorteio da Libertadores, nesta segunda-feira (17), foram intensos. Se por um lado o diretor de futebol do Flamengo, José Boto, falou sobre o poderio da equipe rubro-negra, Ignacio Ruglio, presidente do Peñarol, contrastou a fala de Alejandro Domínguez.
Alejandro é presidente da Conmebol e falou, antes de iniciar os sorteios da Sul-Americana, e da Libertadores, sobre racismo. Primeiramente, o executivo pediu que todos refletissem sobre os recentes acontecimentos na América do Sul que importunam jogadores, torcedores e afins.
“Não posso seguir sem falar em racismo. Não posso seguir falando aqui sem falar de um problema muito grande que o futebol enfrenta. Eu gostaria também de abordar uma questão que nos desafia como organização. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol. Tem origem na sociedade, mas influencia no futebol”, destacou Domínguez.
Contudo, Ignacio tratou de relembrar os acontecimentos de torcedores do Peñarol, que pela semifinal da última Libertadores, em 2024, quando enfrentou o Botafogo, foram presos no Rio. À época, os uruguaios vandalizaram centenas de quiosques na orla das praias cariocas.
“O que acontece é que os brasileiros te matam, fazem o que querem com você, e aí as pessoas fazem um gesto e já é um drama no Brasil. Um mínimo gesto, que não deveria ser feito, mas um pequeno gesto feito no Brasil vira um drama. Mas eles liberam áreas para você, te espancam, te deixam lá por 4 meses, as pessoas são detidas lá e nada acontece”, disse o presidente do Peñarol.
Ignacio, presidente do Peñarol, ainda criticou ‘drama’ de brasileiros
O dirigente não parou por aí. Além de menosprezar a luta antirracista, Ignacio falou ainda sobre as leis no Brasil e como as mesmas se aplicam. Por fim, o presidente afirmou que, em breve, se nada mudar, iniciará um movimento de reclamações, junto à Conmebol.
E depois, se um torcedor está lá e faz um gesto racial, o que é errado, é um drama total. Então, eles podem fazer qualquer coisa com você no Brasil, é uma zona liberada. Em algum momento vamos começar a reclamar em massa para a Conmebol porque parece que, para o Brasil, todas as leis são independentes”, finalizou Ignacio.