Presidente do Flamengo se manifesta sobre imbróglio do estádio
Local conta com questões de logísticas, que dificultam uma aceleração dos trâmites para a construção do estádio do Rubro-Negro
28/01/2025 16:10 - Atualizado 28/01/2025 15:27
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Presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, falou a respeito do imbróglio envolvendo a construção do estádio. No local, onde será a nova arena, existe uma estação de gás que ocupa uma parte do terreno. Segundo o mandatário, a Agenersa, que regula o serviço municipal, disse que a responsabilidade para a retirada das tubulações é da prefeitura do Rio.
“Gás, sim (a Prefeitura vai pagar). Entre outras coisas. Levantamento profundo sobre o processo de descontaminação do terreno e de custos de fundações em função disto”, disse Bap antes de complementar.
Além disso, o Flamengo adiou a assinatura do acordo final para a compra do terreno na região do Gasômetro, no Rio de Janeiro. Isto porque o clube faz novo estudo de viabilidade para construção do estádio.
“Estamos desenvolvendo os estudos de viabilidade econômica que não foram feitos. Havia apenas estimativas. Entre outras coisas o orçamento de todas as obrigações assumidas pelo clube no entorno do estádio”, finalizou ao “O Globo”.
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O imbróglio do estádio do Flamengo
Desde o ano passado, a Naturgy acionou a Agenersa sobre a estrutura de gás existente no local. A Naturgy, responsável pelo fornecimento de gás encanado, informou à agência reguladora do setor que o terreno abriga uma grande estrutura de distribuição que atende 400 mil residências no Rio.
Em dezembro, o conselho-diretor da Agenersa decidiu que não há possibilidade de coexistirem, no mesmo espaço, um estádio para 70 mil pessoas e o equipamento de distribuição de gás. Segundo a decisão, a responsabilidade pelo remanejamento das estruturas de gás seria da Naturgy.
Já em 15 de novembro, o Flamengo endureceu o discurso. Em ofício com a assinatura de Rodolfo Landim, o clube afirmou que a Agenersa não tem competência para interferir em suas decisões.
Em resumo: o clube não aceitará ser impedido de construir o estádio no Gasômetro. Além disso, o clube argumentou que a Prefeitura do Rio já garantiu que o custo de transferência das estruturas de gás não será do Flamengo, mas sim do município. Eduardo Paes confirmou a promessa, mas não detalhou os valores.
Por fim, Prefeitura, Flamengo e Naturgy seguem tratando o tema nos bastidores. Além disso, o pré-acordo com a Caixa também depende da aprovação de leis na Câmara de Vereadores. No entanto, o assunto está distante de se concretrizar.