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Pedro Daniel é apresentado como novo CEO do Atlético-MG e define metas

Executivo substitui Bruno Muzzi e destaca necessidade de equilíbrio entre sustentabilidade financeira e performance em campo

10/12/2025 12:54 - Atualizado 10/12/2025 12:55

Pedro Souza / Atlético

O Atlético-MG oficializou, na manhã desta segunda-feira (10), a chegada de Pedro Daniel como o novo CEO da instituição. O executivo assume o comando da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube mineiro, ocupando a vaga deixada por Bruno Muzzi, que desempenhava a função desde 2022. A apresentação marcou o início de um novo ciclo administrativo para o Galo, com foco na gestão corporativa e nos desafios econômicos que a equipe enfrentará nas próximas temporadas, visando manter a competitividade no cenário nacional e internacional.

Com uma trajetória de mais de duas décadas no segmento esportivo, o novo dirigente traz em seu currículo experiência como consultor e gestor, com ênfase em governança e reestruturação de entidades. Antes de aceitar o convite para liderar a SAF atleticana, Pedro Daniel atuou como diretor-executivo de esportes da Ernst & Young na América do Sul. Sua carreira inclui participação em projetos fundamentais para o cenário brasileiro, como a implementação do Fair Play Financeiro, o licenciamento de clubes, o PROFUT e a legislação das SAFs, além de trabalhos realizados para organizações como FIFA, CONMEBOL e CBF.

Equilíbrio entre finanças e campo

Durante a coletiva de imprensa, o dirigente abordou a necessidade de harmonizar a saúde econômica do clube com as exigências por vitórias e títulos. Ao ser questionado sobre a política de investimentos e o desempenho da equipe, ele enfatizou que a eficiência será a prioridade da nova gestão. Pedro Daniel declarou: “Vamos buscar esse equilíbrio em termos financeiros, ser sustentável, sem perder performance. Afinal de contas, aqui é um clube de futebol, a gente vive de resultado. Estamos fazendo diversas reuniões para para entender como é que a gente consegue ser o mais eficiente possível.”

Outro ponto central da apresentação foi o impacto das dívidas e das taxas de juros na capacidade de investimento do Atlético-MG. O CEO explicou que o cenário macroeconômico brasileiro influencia diretamente a disponibilidade de recursos para o departamento de futebol. Sobre a estrutura de capital e possíveis aportes, ele afirmou: “Em termos de estrutura de capital, quando você fala de aporte, a gente está discutindo todas as alternativas possíveis, sabendo que a gente mora num país que a taxa de juros é de 15%. Então a dívida, ela pega muito forte quando a gente pensa em despesa financeira e ela tira o dinheiro do futebol, a gente acaba pagando juros e perde competitividade, perde performance. ”

Ajustes para o primeiro semestre

Diante dos desafios apresentados, a diretoria estabeleceu metas de curto prazo para reorganizar as contas sem prejudicar o rendimento esportivo. O objetivo é realizar ajustes financeiros imediatos para garantir que o time mantenha sua força competitiva frente aos adversários. Finalizando sua análise sobre o panorama atual e as ações prioritárias para o início de sua gestão, Pedro Daniel concluiu: “Então nós estamos trabalhando muito forte para nesse primeiro semestre conseguir ajustar pelo menos essa parte, e para que o futebol seja o menos afetado possível.”

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