SÉRIE A

Inquérito avança, e polícia convoca dono da ex-patrocinadora do Corinthians para depor

Além de possíveis prejuízos, Corinthians está fora da disputa pelo título da Sul-Americana

01/11/2024 14:15

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Parceria entre Corinthians e VaideBet teme duração de pouco mais de seis meses

O caso que investiga a casa de apostas “Vai de Bet”, ex-patrocinadora do Corinthians, teve avanço por parte da Polícia Civil de São Paulo. Desta forma, o delegado responsável pelo inquérito, Tiago Fernando Correia, convocou José André da Rocha Neto, proprietário da empresa, e de André Murilo, diretor financeiro, para depor. Através de notificação, os representantes da companhia foram comunicados que terão que contribuir com seus depoimentos nos dias 12 e 13 de novembro.

 

Importante ressaltar que a ‘Vai de Bet’ sofre acusações de tentativa de lavagem de dinheiro e outras irregularidades no contrato que assinou com o clube paulista. Tal fase, aliás, é vista como essencial para as investigações, que já têm duração de cinco meses. Outra etapa importante envolve a avaliação das movimentações financeiras da Neoway Soluções Integradas. Companhia que, em uma primeira análise da polícia, é considerada uma instituição de fachada.

Polícia ainda espera depoimento de pessoais fundamentais no caso

 

A propósito, indícios apontam que a empresa recebeu parte da comissão do acordo entre o Coringão e a “Vai de Bet”. Em julho, a Justiça estabeleceu a quebra de sigilo bancário da Neoway. Contudo, até o momento, as autoridades não conseguiram reunir todas as informações junto aos bancos. Além disso, os responsáveis pelo inquérito já escutaram vários antigos e atuais integrantes da diretoria do Timão. Entretanto, ainda adotam cautela, pois vão chamar para depor pessoas vistas como cruciais para resolver o caso.

 

Alguns exemplos são o presidente do Corinthians, Augusto Melo, o diretor administrativo, Marcelo Mariano, e o ex-superintendente de marketing Sérgio Moura. No último mês, o Timão recebeu aviso para prestar explicações envolvendo o recebimento de R$ 56 milhões. Tal movimentação teve a participação de três intermediadores:  Otsafe – Intermediação de Negócios; e dois CNPJs diferentes da Pagfast EFX Facilitadora de Pagamentos.

 

No contrato, a “Vai de Bet” possuía a autorização para usar como intermediadoras do pagamento as empresas Zelu Brasil e Pay Brokers. Aliás, a “Operação Integration”, da Polícia Civil de Pernambuco, investiga ambas as companhias. Em um momento anterior, a casa de apostas enviou R$ 10 milhões ao Coringão via Pay Brokers.

 

Se a antiga patrocinadora decidisse utilizar outras instituições diferentes para intermediar o pagamento, precisaria solicitar a autorização por escrito ao Corinthians. Além, do aval prévio do clube. O Timão já se manifestou sobre o episódio e frisou ser o “maior interessado no esclarecimento do tema”. Haja visto que é a “principal vítima de qualquer eventual irregularidade”. Inclusive, o Coringão garantiu que está colaborando com as investigações e continua à disposição da polícia.

Relembre o caso que envolve o Corinthians

 

Em maio, a Polícia deu início a uma investigação, que inclui a “Vai de Bet” e o Timão. No caso, o envio da comissão de patrocínio entre a casa de apostas e o clube a uma empresa fantasma, a Neoway. A abertura do inquérito ocorreu depois de denúncia do “Blog do Juca Kfouri”. Especialmente porque houve um suposto repasse de R$ 900 mil pela Rede Social Media Design, companhia que intermediou o vínculo. A propósito, a instituição está ligada à Edna Oliveira do Santos, que à princípio, nem tinha conhecimento da existência da empresa.

 

Por sinal, a Polícia já identificou conexões entre a Neoway e outras companhias fantasmas. Com a repercussão do caso e as suspeitas, houve rompimento do contrato entre a VaideBet e o Corinthians. Especialmente porque o clube alegou prejuízos a sua imagem e reputação. As partes deram fim à relação em 7 de junho. Em um primeiro momento, o contrato firmado entre a casa de apostas e o clube tinha validade até o fim de 2016. Bem como a previsão era o pagamento de R$ 370 milhões, ao todo.

 

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