Hulk: trajetória do atacante que recolocou o Atlético-MG entre as potências nacionais

O atacante Givanildo Vieira de Sousa, o Hulk, tornou-se um dos pilares do Atlético-MG desde 2021, quando voltou ao futebol brasileiro após uma longa passagem internacional. Natural da Paraíba e formado no Vitória, ele se consolidou como referência técnica e liderança no elenco alvinegro, contribuindo para elevar o desempenho da equipe e recolocar o clube entre os principais do país. Aos 39 anos, mantém regularidade de atuações, poder de finalização e leitura tática, elementos que o colocam como peça central no projeto esportivo do Galo. Ídolo da torcida, o camisa 7 segue com a meta de ampliar o repertório de conquistas, mantendo no horizonte o objetivo de conquistar a Copa Libertadores.

Revelado nas divisões de base do Vitória, Hulk teve pouco espaço como profissional no início e, ainda jovem, partiu para o futebol japonês entre 2005 e 2008. No Japão, defendeu Kawasaki Frontale, Consadole Sapporo e Tokyo Verdy, período em que aprimorou velocidade, força e presença na área. Em 2007, chamou atenção de observadores europeus ao registrar 37 gols em 42 partidas pelo Tokyo Verdy, desempenho que abriu caminho para sua transferência ao continente europeu na temporada seguinte. A ascensão internacional foi decorrência direta da evolução técnica e do índice de gols alcançado durante sua estadia na Ásia.

Conquistas na Europa por Porto e Zenit

Contratado pelo Porto em 2008, Hulk viveu quatro temporadas de destaque em Portugal, com participação em títulos nacionais e protagonismo continental. Entre 2008 e 2012, conquistou quatro vezes o Campeonato Português e, em 2010/11, formou dupla eficiente com Falcao García no time de André Villas-Boas que faturou a UEFA Europa League. Pelo clube, somou mais de 75 gols em 170 jogos. Em 2012, transferiu-se para o Zenit em operação avaliada em cerca de 60 milhões de euros, assumindo o papel de principal estrela em São Petersburgo. Na Rússia, venceu o Campeonato Russo de 2014–15, além de taças locais, e acumulou 77 gols e mais de 60 assistências em 147 partidas, embora a equipe não tenha passado das oitavas de final da Champions League.

Na Seleção Brasileira, Hulk foi chamado pela primeira vez em 2009, mas ganhou sequência a partir de 2012. Em 2013, integrou o grupo campeão da Copa das Confederações sob comando de Luiz Felipe Scolari, atuando em função versátil no ataque. No Mundial de 2014, esteve presente em todas as partidas até a semifinal, incluindo o confronto com o Chile em que um gol seu foi anulado por toque de mão. Após a lesão de Neymar, o rendimento ofensivo da equipe caiu, e Hulk deixou o campo no intervalo do jogo contra a Alemanha. Entre 2009 e 2016, somou 48 jogos e 11 gols pela Seleção, perdendo espaço nas convocações posteriores com as mudanças de comando técnico.

China e consolidação no Atlético-MG

Em 2016, Hulk reforçou o Shanghai SIPG em acordo estimado em 55 milhões de euros, tornando-se um dos nomes mais influentes do campeonato local. Mesmo após lesão inicial, assumiu protagonismo, liderou o ataque e, em 2018, participou da campanha do primeiro título nacional do clube, em parceria com outros atletas estrangeiros. Em 2021, retornou ao Brasil para defender o Atlético-MG, onde se adaptou rapidamente ao modelo de jogo, ampliou índices de gols e assistências e consolidou-se como líder em campo. Ao lado de um elenco competitivo, ajudou a restabelecer a confiança da torcida e manteve o Atlético-MG entre os candidatos a títulos, enquanto segue em busca de ampliar sua história em competições nacionais e internacionais.