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Grupos políticos do São Paulo reorganizam bases para pleito de 2026

Oposição realiza encontro e Marco Aurélio Cunha sinaliza liderança; situação mapeia apoio de conselheiros para formação de chapas

10/12/2025 12:56 - Atualizado 10/12/2025 12:58

(Foto: Divulgação/ Conmebol

O ambiente nos bastidores do São Paulo Futebol Clube já reflete a preparação para o ano político de 2026, período que promete ser marcado por intensas disputas eleitorais. As movimentações envolvem tanto a base de apoio do atual presidente, Julio Casares, quanto as frentes que pretendem lançar nomes pela oposição. De acordo com apurações recentes, a chamada “dança das cadeiras” já teve início, com conselheiros e lideranças buscando reposicionamento estratégico visando o próximo pleito. O cenário atual indica uma divisão preliminar entre os grupos, que começam a calcular suas forças e o número de cadeiras disponíveis para compor eventuais alianças e chapas competitivas.

A base de sustentação da atual gestão, identificada como Coalizão, apresenta-se fragmentada em diversos núcleos com lideranças distintas e números variados de conselheiros. O Grupo Participação, comandado por Themis Almeida e Vinicius Pinotti, aparece com 54 integrantes, seguido pelo Movimento São Paulo, liderado por Antonio Donizete Gonçalves (Dedé) e Douglas Schwartzmann, com 40 membros. Com o mesmo número de 40 conselheiros, figura o Grupo Legião Tricolor, sob a liderança de Carlos Belmonte. Outras frentes incluem o Grupo Força São Paulo, dirigido por Olten Ayres com 28 nomes, o Grupo Vanguarda, chefiado por Marcelo Pupo com 19 integrantes, e o Grupo Sempre Tricolor, liderado por Fernando Bracalle (Chapecó) e Adilson Alves Martins, que soma 15 conselheiros.

Estratégias da oposição e lideranças

Enquanto a situação contabiliza seus apoios, a oposição realizou uma reunião significativa no último sábado, dia 6, envolvendo os grupos Tradição, liderado por Fernando Casa Del Rey, Raiz, de Miguel Augusto, e Legenda, sob a liderança de Roberto Natel. O encontro, embora tenha tido um caráter mais motivacional do que puramente tático neste primeiro momento, serviu para demonstrar um clima de aproximação entre as frentes. Um dos destaques da reunião foi a postura de Marco Aurélio Cunha, que adotou um tom de liderança e sinalizou disposição para assumir um papel central nas articulações visando o comando do clube no futuro próximo.

A movimentação antecipada de Marco Aurélio Cunha remete a tentativas anteriores de unificação que, ao longo das campanhas passadas, acabaram resultando em afastamento entre os grupos. Para o ciclo de 2026, a tendência observada é que a composição final das chapas dependa diretamente de negociações com outros núcleos de influência. As articulações visam, especialmente, os grupos liderados por Vinicius Pinotti e Carlos Belmonte, que são vistos nos bastidores como os aliados mais prováveis e necessários para a construção de uma união ampla e competitiva capaz de disputar o pleito com robustez.

Definições orçamentárias e cronograma

As conversas entre as lideranças devem avançar nas próximas semanas, período em que serão debatidos os termos de eventuais parcerias e a participação específica de cada núcleo na formação da chapa oficial. Paralelamente às questões eleitorais, a agenda administrativa do clube segue seu curso. O Conselho Deliberativo do São Paulo tem uma reunião programada para o dia 17 de dezembro, data em que deverá ocorrer a votação para a aprovação do orçamento referente à temporada de 2026. Este evento administrativo também serve como termômetro para as relações políticas, uma vez que a aprovação das contas é fundamental para o planejamento da gestão no ano eleitoral.

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