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Deputada quer ‘restringir’ presidente da CONMEBOL no Brasil

Dirigente da entidade que comanda o futebol na América do Sul comparou os brasileiros com macacos

18/03/2025 23:29

Erika Hilton denuncia e presidente da CONMEBOL pode se tornar 'persona non-grata' no Brasil

Erika Hilton denuncia e presidente da CONMEBOL pode se tornar ‘persona non-grata’ no Brasil

Foto: Cesar Olmedo/REUTERS

A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) protocolou nesta terça-feira (18) uma ação para que Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOL, se torne persona non-grata no Brasil. Assim, o dirigente se tornaria uma pessoa “não bem-vinda” no país.

 

A denúncia ocorre após o chefe da entidade utilizar uma frase racista após o sorteio da fase de grupos da Libertadores e da Sul-Americana. Em resposta sobre uma possível saída dos clubes brasileiros da confederação, ele comparou o Brasil com macacos.

 

“Libertadores sem os clubes brasileiros seria como Tarzan sem Cheetah. Impossível”, disse Domínguez.

 

Dessa forma, Erika Hilton acusa o presidente da CONMEBOL de cometer racismo contra o povo brasileiro. O crime está previsto no artigo 5º da Constituição Federal do país.

 

Ela ainda afirma que a entidade que comanda o futebol sul-americano é omissa no tratamento e combate a atos racistas no continente.

 

“Os episódios de racismo envolvendo clubes sul-americanos evidenciam a persistência da discriminação no futebol e a omissão da Conmebol na adoção de medidas efetivas para coibir tais práticas. A fala de Alejandro Domínguez, ao utilizar uma analogia carregada de estereótipos, reforça a falta de compromisso da entidade com o combate ao racismo. Além disso, sua retratação, embora formalmente adequada, não veio acompanhada de ações concretas para prevenir e punir novas ocorrências”, diz o ofício enviado ao Ministério das Relações Exteriores e publicado pelo UOL.

 

O caso mais recente aconteceu na Libertadores Sub-20, quando torcedores do Cerro Porteño imitaram macacos para o atacante Luighi, do Palmeiras. A confederação, no entanto, puniu o clube paraguaio com uma multa de 50 mil dólares e jogos com portões fechados.

 

 

A medida da deputada federal tem como objetivo a repreensão internacional aos atos racistas realizados contra os brasileiros em território estrangeiro.

 

Leia mais: CONMEBOL divulga tabela dos brasileiros na Libertadores; veja

 

Durante o dia, a fala do presidente da CONMEBOL caiu como uma bomba nos bastidores do futebol nacional. Representantes de diversos clubes repudiaram a frase, assim como o Governo Federal.

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