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Crespo valoriza elenco do São Paulo após 2 a 0 no Fortaleza e fim de tabu de 11 jogos

Técnico elogia postura do São Paulo em Fortaleza, cita zaga improvisada e projeta clássico com o Palmeiras

03/10/2025 13:00 - Atualizado 02/10/2025 23:11

Foto: Rubens Chiri/São Paulo FC

O técnico Hernán Crespo elogiou o elenco do São Paulo após a vitória por 2 a 0 sobre o Fortaleza, nesta quinta-feira, na Arena Castelão, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado encerrou uma sequência de quatro derrotas e interrompeu um tabu de quase cinco anos sem vencer o adversário cearense. O time atuou com um jogador a menos desde os 20 minutos do primeiro tempo, após a expulsão de Rigoni. Em entrevista, Crespo destacou a atuação coletiva e a resposta do grupo diante das circunstâncias. “Acho que o espírito sempre foi igual. Muitas vezes aconteceu que o resultado não acompanhou o rendimento do time. Se você ver os últimos jogos, não mereceu o placar que teve. Acho que o espírito do grupo prevaleceu outra vez, em um momento difícil. O time sempre manteve a mesma linha, com coragem. É comovente ver. Muitas vezes são criticados, mas lutam, brigam todo dia para conseguir resultados”, afirmou.

O argentino também relacionou o desempenho à manutenção de uma identidade tática, reforçando a leitura de que a equipe vinha produzindo mais do que os placares indicavam nos compromissos anteriores. Para ele, a noite no Castelão confirmou a capacidade de competição do São Paulo, mesmo em inferioridade numérica. “A expectativa é sempre de ganhar o jogo, com todas as dificuldades. A gente trabalha no São Paulo, tem problema todos os dias. Tenho muitos. Sabemos onde estamos, sabemos que vamos ter problemas todos os dias. A ideia é focar na solução, não no problema, e confiar no grupo de jogadores, em como eles treinam todos os dias”, disse o treinador, citando a rotina de trabalho no clube.

Zaga improvisada e tabu de 11 jogos no Castelão

Crespo ressaltou que a equipe precisou se reorganizar defensivamente por causa de baixas no setor. Sem Arboleda, suspenso, e com Ferraresi, Tolói e Alan Franco no departamento médico, o São Paulo utilizou dois volantes na linha de zaga: Negrucci e Luiz Gustavo, este voltando a atuar após seis meses sem entrar em campo. O técnico enalteceu a execução do plano de jogo e a disciplina tática em um cenário adverso. “A identidade o grupo sempre defendeu e talvez foi ainda mais difícil contra um rival que historicamente não perdia, fazia 11 jogos que não perdia para o São Paulo. Chegar aqui e conquistar uma vitória desse jeito, com todas as adversidades… é um grupo que merece”, declarou, ao lembrar a série invicta do Fortaleza no confronto direto.

O treinador mencionou que o resultado em Fortaleza também funcionou como resposta interna após reveses recentes, sem alterar a diretriz de trabalho. Na análise de Crespo, a equipe teve coerência na proposta, mesmo durante o período sem vitórias. Ele argumentou que o desempenho sustentou a confiança no elenco e que a preparação semanal foi determinante para segurar a vantagem com um jogador a menos. Segundo o técnico, a leitura das partidas anteriores indicava produção superior ao que os placares refletiam, o que reforçou a convicção de manter o plano traçado independentemente da pressão por resultados imediatos.

Próximo jogo do São Paulo e desfalques confirmados

Com o triunfo, o São Paulo volta a campo no domingo, às 16h (de Brasília), para enfrentar o Palmeiras, no Morumbis. Para essa partida, Crespo não poderá contar com Rigoni, expulso na Arena Castelão. Ao avaliar a repercussão da vitória, o treinador reforçou que a rotina seguirá pautada por ajustes e pela confiança no grupo. “Depois da vitória vão falar que o grupo é grande, que Crespo é um fenômeno, mas temos que confiar, trabalhamos dia a dia, e normalmente o resultado é consequência. Mas, o futebol nos ensina que nem sempre é assim. Ao fim do dia, contamos duas derrotas na Libertadores, para mim, eliminado, todos vão ser eliminados, menos o campeão. Acho que pode acontecer uma derrota depois da eliminação também. Hoje, na situação atual, tínhamos que demonstrar que estávamos em pé e agregamos ainda mais problemas, mas se você confia nos jogadores, no trabalho, as coisas acabam”, concluiu o técnico argentino.

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