Coutinho assume a camisa 10 do Vasco em busca de protagonismo
Após rescisão com o Aston Villa, o meio-campista assina com o Vasco até 2026 e assume o número imortalizado por Roberto Dinamite, buscando reverter histórico recente da numeração.
05/07/2025 10:20

Imagem: X oficial do Vasco
Philippe Coutinho, após a rescisão de seu contrato com o Aston Villa, formalizou um novo vínculo com o Vasco da Gama, estendendo-se até junho de 2026. O meio-campista, que retorna ao clube de coração em um momento de ascensão em sua temporada, passará a vestir a camisa 10, um número de grande simbolismo na história vascaína, mas que, nos últimos anos, não tem evocado boas recordações para a torcida. A numeração foi eternizada por Roberto Dinamite, o maior ídolo do clube, que marcou 708 gols e estabeleceu recordes nacionais, deixando um legado duradouro. Embora o clube tenha considerado a possibilidade de aposentar o número, ele permaneceu disponível.
Dos jogadores que vestiram a camisa 10 desde 2019, poucos conseguiram deixar uma impressão positiva. Nomes como Bruno César, Benítez, Morato, Nenê e Payet utilizaram a tradicional numeração, mas apenas Nenê se destacou. O experiente meio-campista, atualmente no Juventude, demonstrou qualidade e experiência em suas duas passagens pelo Vasco. Ele foi fundamental no gol que garantiu o retorno à elite do futebol brasileiro em 2022, em partida contra o Ituano, e foi um dos principais destaques na campanha do título do Campeonato Carioca de 2016, sendo eleito o craque da competição. Nenê é o maior goleador do Gigante da Colina no período pós-Romário, com 64 gols em 198 partidas.
O desafio da camisa 10
Antes da confirmação da permanência de Coutinho, Dimitri Payet era o responsável por vestir a camisa 10 vascaína. Apesar de sua reconhecida qualidade técnica, o francês não conseguiu manter a regularidade esperada desde sua contratação. Em 2024, Payet disputou 17 jogos, sendo apenas quatro como titular, registrando três assistências e nenhum gol. Essa performance levou a diretoria a reavaliar sua continuidade no elenco. A chegada de Coutinho, um ídolo da torcida, foi amplamente celebrada devido à sua forte identificação com o clube. Embora o camisa 11 ainda não tenha exibido o mesmo futebol de outrora, a expectativa dos torcedores é alta, considerando que o meia, de 33 anos, é mais jovem que Paulo Henrique Ganso, cujo rendimento foi potencializado por Fernando Diniz no Fluminense.
No confronto contra o São Paulo, no Morumbis, o novo camisa 10 teve uma atuação notável, demonstrando grande capacidade na criação de jogadas. Essa performance sugere que o atleta ainda pode ser decisivo e, de forma efetiva, tornar-se a referência técnica da equipe. Esse caminho poderia ajudar o Vasco a alcançar um desempenho mais competitivo e, possivelmente, abrir portas para um retorno à Seleção Brasileira. O técnico Fernando Diniz expressou sua satisfação com a presença de Coutinho no elenco.
Expectativas e o futuro da numeração
Diniz afirmou: “Acho que é indispensável. Para mim, é uma alegria e uma honra trabalhar com um jogador do quilate dele. Da geração do Neymar é um dos caras mais talentosos que produzimos no Brasil. A carreira poderia ter sido mais brilhante para o jogador que ele é. Conto muito com ele. Nesse jogo, fez boa partida, precisa se soltar. Acredito que ele vai evoluir muito. Sempre um presente para o futebol brasileiro”. A lista dos últimos camisas 10 do Vasco inclui: Douglas (2014), Marcinho, Jhon Cley e Nenê (2015), Nenê (2016 e 2017), Evander (2018), Bruno César (2019), Benítez (2020), Morato (2021), Nenê (2022 e 2023) e Payet (2023 e 2024).