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Corinthians quita R$ 12 milhões do Paulistão e ainda negocia dívidas na Fifa e no CAS

Clube quitou cerca de R$ 12 milhões em bônus do estadual e busca acordos para evitar transfer ban

25/09/2025 15:00 - Atualizado 25/09/2025 13:49

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians / Jogada10

A diretoria do Corinthians concluiu nesta semana o pagamento da premiação pelo título do Campeonato Paulista de 2025. O montante, estimado em aproximadamente R$ 12 milhões, foi quitado em três parcelas e repassado a jogadores e funcionários do CT Joaquim Grava com direito à bonificação. A medida encerra uma pendência interna relacionada à conquista do estadual. Apesar do alívio momentâneo no fluxo de pagamentos domésticos, o clube ainda lida com compromissos financeiros relevantes em diferentes frentes.

Mesmo com a premiação regularizada, seguem em aberto valores devidos a Memphis Depay. O atacante tem cerca de R$ 17 milhões a receber por luvas e bonificações individuais atreladas a metas de gols e número de partidas previstas em contrato. Nos últimos dias, clube e jogador definiram a forma de quitação desses itens, porém os pagamentos ainda não foram executados. As tratativas dependem de acomodação no caixa para avançar no cronograma estabelecido entre as partes.

Pendências na Fifa e no CAS pressionam o Corinthians

No âmbito internacional, o Corinthians soma condenações no CAS (Corte Arbitral do Esporte). Há duas sentenças desfavoráveis: uma vinculada à contratação do zagueiro Félix Torres, em negociação com o Santos Laguna, do México, e outra referente ao não cumprimento do contrato com o meia argentino Matías Rojas. Essas decisões mantêm obrigações financeiras e podem ensejar efeitos administrativos caso não sejam solucionadas conforme os trâmites previstos.

Na Fifa, o clube foi punido por inadimplência em três operações: o pagamento ao Talleres, da Argentina, pela compra de Rodrigo Garro; ao Philadelphia Union, dos Estados Unidos, pela contratação de José Martínez; e ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, pelo empréstimo do volante Maycon. O transfer ban imposto em razão do caso Matías Rojas permanece como risco, enquanto, nos bastidores, a diretoria alega falta de recursos em caixa para cumprir integralmente os compromissos. Diante disso, a estratégia tem sido buscar acordos para ajustar prazos e reduzir a exposição a novas sanções.

Transfer ban e acordos financeiros em discussão

Com a premiação do Paulistão quitada, as negociações externas seguem no centro da agenda financeira do clube. A orientação é fechar entendimentos com credores para evitar a manutenção do transfer ban e prevenir novos impedimentos em registros de atletas. As conversas incluem a definição de formatos e prazos de pagamento compatíveis com a receita disponível. Enquanto isso, permanecem ativas as cobranças na Fifa e no CAS, somando valores expressivos. A priorização de obrigações e a execução de acordos são os eixos apontados para reorganizar o fluxo de caixa e cumprir o que está pactuado.

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