CEO do Botafogo detalha finanças e garante 2025; prevê aporte de R$ 350 mi em 2026
Em General Severiano, gestor da SAF responde por 90 minutos, cita antecipações, novos patrocínios e condicionantes
14/10/2025 22:59

Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo (Foto: Divulgação/Botafogo)
Em reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo, realizada em General Severiano nesta terça-feira (14), o CEO da SAF, Thairo Arruda, apresentou um panorama das finanças e respondeu a questionamentos por cerca de 90 minutos. Segundo o Lance!, o executivo foi elogiado por membros do Botafogo Associativo ao término da agenda. Arruda reconheceu que há desafios de caixa, comuns a clubes do país, mas afirmou que a estrutura financeira da SAF está preparada para administrar o fluxo e manter os compromissos de curto prazo.
Ao comentar o planejamento do próximo ano, o dirigente indicou previsibilidade de receitas e sinalizou confiança na execução do orçamento de 2025. Em entrevista ao Lance!, afirmou: “Não vai faltar para 2025. Não vai. A gente tem antecipações de Almada, John no Nottingham, Cuiabano também. Acabamos de fechar dois patrocínios, um com três anos de contrato. Ainda tem muita receita do ano seguinte.” Segundo ele, os recursos previstos incluem entradas já contratadas e novos contratos comerciais assinados recentemente, um deles com duração de três temporadas.
Plano financeiro para 2025 e receitas previstas
As antecipações citadas pelo CEO se referem a fluxos relacionados a negociações de atletas e contratos em curso, enquanto os patrocínios fechados tendem a reforçar o caixa recorrente. Arruda reiterou que, apesar da necessidade constante de gestão de liquidez, a SAF conta com equipe especializada para administrar prazos e recebíveis. O entendimento, segundo o dirigente, é que o conjunto dessas frentes — antecipações, patrocínios e receitas de calendário — sustenta a operação ao longo de 2025.
Sobre 2026, Arruda tratou de variáveis ainda em discussão e estimou um volume de capital necessário que combina venda de jogadores e eventual investimento. Ele declarou: “O caixa que a gente precisa depende do planejamento para 2026, que está sendo discutido agora. Depende do apetite do investidor. Depende de como a gente vai construir o plano do que vem que ainda está sendo discutido. É muito difícil falar qual é a dificuldade de caixa do Botafogo quando se tem essas discussões em andamento. Eu dei um número porque gosto de dar respostas precisas: “olha, algo em torno de R$350 milhões entre venda de atleta e dinheiro de investidor é um bom número para o ano que vem”. De novo, não sou eu que decido isso.” A cifra, conforme explicou, é uma estimativa sujeita ao plano esportivo e às condições de mercado.
Estimativa de aporte para 2026 e condicionantes
O encaminhamento discutido no Conselho Deliberativo indica que o desenho final do orçamento de 2026 dependerá do alinhamento entre estratégia esportiva, apetite do investidor e timing de negociações de elenco. Para 2025, a direção trabalha com receitas já comprometidas, reforçadas pelos novos acordos comerciais e por recebíveis de transferências, além da gestão de fluxo de caixa mencionada por Arruda. O tema seguirá em avaliação interna enquanto o planejamento do próximo ciclo é consolidado com a governança da SAF e as instâncias do clube.