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Cássio relata dificuldade para matricular filha com autismo em escolas de Belo Horizonte

Goleiro do Cruzeiro enfrenta dificuldades para matricular filha com TEA em instituições de ensino de BH e desabafa nas redes sociais.

22/08/2025 21:35 - Atualizado 22/08/2025 21:36

Imagem: Gilson Lobo/AGIF… - Veja mais em https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2025/08/22/cassio-escola-filha-autista.htm?cmpid=copiaecola

O goleiro Cássio, do Cruzeiro, utilizou as redes sociais para compartilhar as dificuldades que tem enfrentado para matricular sua filha, Maria Luiza, de sete anos, em escolas de Belo Horizonte. A menina, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi recusada por diversas instituições de ensino da capital mineira.

Segundo o jogador, a principal razão para as recusas seria a necessidade de Maria Luiza ser acompanhada por uma profissional especializada, que a auxilia desde os dois anos de idade, quando a família ainda residia em São Paulo. Cássio e sua esposa, Janara Sackl, afirmaram ter tentado dialogar com as escolas para explicar a situação e a importância da presença da profissional, mas as respostas continuaram negativas. “Como pai, ver sua filha ser rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude. E ainda estamos muito longe de viver isso de verdade”, desabafou o goleiro em seu perfil no Instagram.

Escolas particulares negam matrícula, relata esposa de Cássio

Janara Sackl detalhou a busca por uma escola para a filha em entrevista. De acordo com ela, mais de cinco instituições de ensino, incluindo colégios bilíngues e de educação cristã, recusaram a matrícula de Maria Luiza devido à presença da assistente terapêutica em sala de aula. “Visitamos escolas bem conhecidas e ‘conceituadas’ desde que chegamos em Belo Horizonte. Foram mais de 5 escolas que negaram a participação da nossa assistente terapêutica em sala de aula. Essa profissional, que trouxemos de SP e acompanha a Maria Luiza desde os 2 anos de idade, aceitou estar conosco aqui em Minas Gerais para dar sequência no tratamento e evolução da mesma”, explicou Janara.

A mudança recente de endereço da família em Belo Horizonte motivou a busca por uma nova escola, já que a atual instituição de ensino onde Maria Luiza estuda fica distante da residência e do local onde a menina realiza suas sessões de terapia. Até o momento, o casal ainda não encontrou uma escola que aceite a matrícula de Maria Luiza com o acompanhamento da profissional especializada.

Legislação garante direito a acompanhante especializado

A Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, assegura que a pessoa com TEA é considerada pessoa com deficiência para todos os efeitos legais. A legislação também garante o direito a um acompanhante especializado em sala de aula, em casos de comprovada necessidade, para alunos incluídos em classes comuns de ensino regular. Cássio finalizou seu desabafo nas redes sociais compartilhando a situação com outros pais que passam por dificuldades semelhantes: “Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita. Tudo isso porque a Maria tem uma pessoa especializada que a acompanha desde os dois anos de idade. Essa profissional veio com a gente de São Paulo…”.

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