Carille inicia trabalho; relembre os últimos a começar temporada no Vasco
Reapresentação vai acontecendo aos poucos, no CT Moacyr Barbosa
06/01/2025 08:58
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O técnico Fábio Carille dá, nesta segunda-feira (6), o pontapé inicial em seu trabalho no Vasco. Sendo, assim, o quinto treinador diferente a iniciar uma temporada nos últimos cinco anos. Afinal, a tendência de troca de técnicos segue firme na Colina. Relembre com o Jogada10, então, como foi o início de trabalho em cada uma das últimas temporadas do Vascão.
2021 – Marcelo Cabo
Rebaixado para a Série B, o Vasco viu em Marcelo Cabo, que garantira o acesso do Atlético-GO na temporada anterior, o nome ideal para retornar com o Cruz-Maltino à elite. Por conta da pandemia da Covid-19, o ano só começou de fato em março, com o comandante chegando para a disputa do Carioca.
Após 136 dias, o clube desligou Marcelo do cargo. Na ocasião, o Cruz-Maltino ocupava a modesta oitava posição da Série B e demonstrava dificuldade no retorno.
2022 – Zé Ricardo
Lisca e Fernando Diniz, então, tentaram a sorte no Vasco, que vivia fortíssima crise financeira. Ambos não foram capazes de recolocar o time na Série A, algo inédito na história do Vasco. Dessa forma, Zé Ricardo retornou após quatro anos longe com a missão de devolver o Gigante da Colina à elite.
Sua passagem durou até junho, quando optou por sair para comandar o Shimizu S-Pulse, do Japão. À época, o Vasco negociava a venda de sua SAF à 777 Partners e o comandante não tinha garantias de que seria o treinador quando os aportes começassem. Mesmo deixando o Vasco na primeira metade da Série B, ele contribuiu e muito com o posterior acesso cruz-maltino, garantido por Jorginho, que não permaneceu para a temporada seguinte.
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2023 – Maurício Barbieri
De volta à Série A e com aportes financeiros pesados, a vida em São Januário parecia que seria mais tranquila. A contratação de Maurício Barbieri para ser o comandante desta nova fase “endinheirada” do Vasco, porém, trouxe incertezas nos torcedores. O início até foi animador, com vitórias em clássicos contra Flamengo e Botafogo.
Mas as eliminações no Carioca e na segunda fase da Copa do Brasil (contra o ABC, em pleno São Januário) começaram a minar seu trabalho. No Brasileirão, a equipe começou com o pé direito com boa vitória sobre o Atlético-MG fora de casa e empate contra o candidato ao título, Palmeiras. Uma sequência de dez jogos sem vitórias, incluindo incríveis seis derrotas seguidas, foi o estopim para o treinador, que perdeu o emprego após revés em casa para o Goiás, com o time afundado na penúltima posição já a seis pontos de deixar o Z4.
2024 – Ramón Díaz
Após a saída de Barbieri (quase um mês depois), o Vasco anunciou a contratação de Ramón Díaz. O renomado treinador argentino chegou com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento, o que ele conseguiu na última rodada do Brasileirão.
Assim, ele renovou seu vínculo para mais um ano, sendo um dos poucos treinadores que seguiram no clube após encerrar a temporada anterior. Além disso, a chegada do diretor Alexandre Mattos e novos aportes financeiros davam mostras de que o Vasco, enfim, voltaria a ter um time competitivo.
O que se viu, porém, foram escolhas estranhas, como passar a pré-temporada num resort sem campos dignos de treinos no Uruguai. A contratação de Robert Rojas, do River Plate, foi outro movimento que gerou dúvidas no torcedor vascaíno. Após a eliminação no Carioca para o modesto Nova Iguaçu e três derrotas seguidas nas quatro primeiras rodadas do Brasileirão, o técnico deixou o clube em uma grande polêmica.
Foi após a goleada vexatória sofrida para o Criciúma em pleno São Januário. Na ocasião, o treinador afirmou ter sido demitido “via Twitter (X)”, o que difere da posição da diretoria do Cruz-Maltino. Até hoje, Ramón e Vasco travam batalha judicial pelo pagamento de R$ 30 milhões de multa rescisória. Será que agora com Fábio Carille, 2025 será um ano mais tranquilo para o Gigante da Colina?