Brasil testa modelo móvel de Ancelotti contra a Coreia do Sul; veja plano tático e escalação
Seleção treina em Seul com Bruno Guimarães de volta e desenho que aparenta 4-2-4, mas privilegia mobilidade
09/10/2025 16:31 - Atualizado 09/10/2025 16:35

Imagem: Vini Jr e Rodrygo atuarão juntos novamente pela Seleção Brasileira diante da Coreia do Sul
A Seleção Brasileira encerrou a preparação para o amistoso desta sexta-feira (10), às 8h (de Brasília), contra a Coreia do Sul, no Seul World Cup Stadium. Com elenco completo após ajustes de logística, Carlo Ancelotti trabalhou uma equipe com foco em mobilidade e variação de funções, mirando ajustes para o ciclo da Copa do Mundo de 2026. A principal mudança nos trabalhos foi a volta de Bruno Guimarães ao time titular no lugar de Lucas Paquetá, decisão alinhada à ideia de um meio-campo mais funcional na pressão e na construção.
No treino, o Brasil foi escalado com Bento; Vitinho, Éder Militão, Gabriel Magalhães e Douglas Santos; Casemiro e Bruno Guimarães; Estêvão, Matheus Cunha, Vinícius Júnior e Rodrygo. À primeira vista, o arranjo pode sugerir um 4-2-4. A orientação, porém, é priorizar uma equipe com atacantes recompostos e trocas constantes de posição de acordo com as fases do jogo. A diretriz passa por compactar o setor central sem a bola, ampliar a largura em posse e manter coberturas defensivas equilibradas.
Intertítulo: Estratégia tática do Brasil contra a Coreia do Sul
Sem a posse, Estêvão e Rodrygo tendem a alinhar com Casemiro e Bruno Guimarães, formando uma segunda linha no meio para reduzir espaços entre setores, enquanto Vinícius Júnior e Matheus Cunha iniciam a pressão na saída de bola adversária. Com a bola, Vitinho deve projetar-se como um ala pelo lado direito, abrindo o corredor e oferecendo opção de triangulações com Estêvão. Pelo outro lado, a tendência é Douglas Santos recuar para compor uma saída a três com Militão e Gabriel Magalhães, movimento que espelha ideias já aplicadas pelo treinador em seu clube e que dá estabilidade à construção desde a defesa.
No terço final, Vinícius Júnior e Matheus Cunha devem atuar mais por dentro, próximos da área, com o objetivo de potencializar a velocidade e a capacidade de finalização do camisa 7 em zonas decisivas. Rodrygo, por sua vez, alterna entre a recomposição e a circulação entrelinhas, aproximando-se dos meias conforme a jogada pede. Casemiro e Bruno Guimarães sustentam o balanço, fazem coberturas e controlam o ritmo da posse, enquanto Vitinho amplia a largura e cria linhas de passe externas. A proposta busca conciliar consistência defensiva e poder de ataque, aspecto recorrente nas equipes de Ancelotti.
Intertítulo: Agenda de amistosos na Ásia e observações para 2026
O duelo em Seul é o primeiro de dois compromissos na Ásia. Na próxima terça-feira (14), o Brasil enfrenta o Japão, às 7h30 (de Brasília), no Ajinomoto Stadium, em Tóquio. Nessa janela, a comissão técnica pretende avaliar a adaptação dos jogadores ao modelo mais dinâmico, com atenção a encaixes entre setores e papéis específicos. Estão no radar a atuação de Vitinho como ala, o recuo de Douglas Santos para a saída a três, a recomposição de Estêvão e Rodrygo e a parceria de Vinícius Júnior e Matheus Cunha por dentro. As observações servirão de base para decisões sobre elenco e ajustes táticos na continuidade da preparação rumo ao Mundial.