Botafogo processa SAF e pede R$ 155 milhões em meio a disputa judicial
Ação judicial busca proteger ativos do clube e impedir venda de jogadores durante litígio entre investidores estrangeiros
26/11/2025 12:45 - Atualizado 26/11/2025 12:46

Victor Silva/Botafogo
A gestão do clube social do Botafogo ingressou com uma ação judicial contra a administração do futebol, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), liderada pelo empresário John Textor. O processo, que tramita na 23ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, exige o ressarcimento de R$ 155 milhões e solicita a nomeação de um interventor para a SAF. A medida visa resguardar os ativos da instituição enquanto perdurar o litígio envolvendo o grupo Eagle Holding. Além da compensação financeira, que corresponde a 10% do valor da dívida declarada no passivo do clube, a ação requer a proibição da venda de atletas durante este período de instabilidade administrativa.
O presidente do clube social, João Paulo Magalhães, justificou a iniciativa como uma necessidade de proteção diante do conflito entre os acionistas estrangeiros. Segundo o dirigente, embora a equipe atual da SAF tenha méritos, a falta de aportes financeiros gera preocupação quanto ao cumprimento dos compromissos firmados. Magalhães declarou: “Hoje o Botafogo está vivo por causa da equipe que comanda a SAF sob o comando do Thairo (Arruda, CEO da SAF do clube) (…) Os investidores estrangeiros entraram em briga e não estão aportando dinheiro no Botafogo. Vai chegar uma hora em que o Thairo não vai conseguir continuar fazer milagres e vamos precisar dos investidores para que os compromissos feitos por ordem deles sejam cumpridos”.
Acusações em áudio vazado
Paralelamente à disputa nos tribunais, uma gravação atribuída ao ex-presidente Carlos Augusto Montenegro circulou nas redes sociais, trazendo novas acusações contra John Textor. No áudio, o antigo mandatário alega que o empresário norte-americano estaria tentando negociar jogadores do elenco alvinegro com o Derby County, time da segunda divisão da Inglaterra que Textor teria interesse em adquirir. Montenegro compara a situação atual com as transferências realizadas anteriormente para o Nottingham Forest, sugerindo que o acionista majoritário utiliza os atletas do Botafogo para facilitar seus negócios pessoais com proprietários de outros clubes europeus.
O ex-dirigente detalhou a suposta estratégia no áudio, afirmando que a presidência do clube social precisou intervir para bloquear novas saídas. Montenegro afirmou: “Textor parece que está querendo comprar um time na Inglaterra e ele tem a mania de quando quer comprar de querer agradar ao dono. Já agradou ao dono do Nottingham Forest e mandou embora Jair, Igor (Jesus), Cuiabano, John. Foram todos lá, levaram e depois o dono (Evangelos Marinakis) deu uma banana. Ele queria fazer a mesma coisa agora. Queria levar nossos quatro melhores jogadores para um time chamado Derby, sei lá (Derby County). É um time que ele quer comprar. O João Paulo brecou. Só pode sair com autorização nossa”.
Posicionamento oficial da SAF
Diante da repercussão das medidas judiciais e das declarações vazadas, a SAF do Botafogo divulgou uma nota oficial para rebater as acusações. A entidade negou que existam negociações de atletas com o clube inglês mencionado e assegurou que cumpre integralmente as obrigações contratuais estabelecidas com a Eagle Football. O comunicado ressaltou os resultados esportivos recentes, como as conquistas da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro de 2024, argumentando que a gestão é pautada por critérios técnicos. A nota finaliza destacando a recuperação do prestígio da equipe, afirmando que o Botafogo “deixou de ser o outrora grande, porém esquecido” e retomou seu protagonismo no cenário mundial.
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