Base do Palmeiras tem receita expressiva com vendas em 2025
Negociações de atletas da base geram receita milionária para o Palmeiras, enquanto São Paulo busca equilíbrio financeiro.
09/09/2025 14:27

Rubens Chiri/São Paulo / Cesar Greco / Palmeiras
O Palmeiras alcançou expressiva receita com a venda de atletas formados em sua base em 2025. A negociação de jovens promessas, como Vitor Reis e Estevão, impulsionou os cofres do clube, contrastando com a situação financeira do São Paulo, que busca estabilidade.
Valores expressivos movimentam o mercado da bola
A transferência de Vitor Reis para o Manchester City, por 35 milhões de euros (cerca de R$ 223 milhões), representa, por si só, um valor superior ao total arrecadado pelo São Paulo com as vendas de seus atletas da base no mesmo período. A negociação de Estevão com o Chelsea, por 45 milhões de euros (cerca de R$ 286 milhões), reforça ainda mais o sucesso financeiro do Palmeiras com suas crias da academia. Outras transações, como as de Vanderlan e Fabinho para o Bragantino, e de Thalys para o Almería, também contribuíram para o montante expressivo alcançado pelo clube alviverde.
Enquanto o Palmeiras comemora os resultados, o São Paulo se movimenta para equilibrar suas finanças. A venda de Henrique Carmo para o CSKA, da Rússia, por 6 milhões de euros (cerca de R$ 38 milhões), gerou debate entre os torcedores, que esperavam um valor maior pela transferência do jovem atacante. O presidente Julio Casares destacou a busca pela recuperação financeira do clube, mencionando um superávit de R$ 4,2 milhões até agosto de 2025, sem incluir a negociação de Henrique Carmo.
São Paulo busca alternativas para reestruturação financeira
O São Paulo negociou outras promessas de Cotia em 2025, como Lucas Ferreira para o Shakhtar, Matheus Alves para o Porto e Willian Gomes também para o clube português. Apesar dessas transações e da renovação do patrocínio com a Superbet, o clube ainda lida com uma dívida próxima de R$ 1 bilhão. Para amenizar a situação, o São Paulo criou um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), com o objetivo de captar R$ 240 milhões para renegociar dívidas com bancos. A estratégia visa reduzir juros e concentrar os débitos em um único credor, permitindo maior fôlego para o pagamento.
A diferença nos valores obtidos com as vendas de atletas da base entre Palmeiras e São Paulo evidencia o momento distinto vivido pelos clubes. Enquanto o Palmeiras colhe os frutos de um trabalho consistente na formação de jogadores, aliado ao sucesso esportivo dos últimos anos, o São Paulo busca alternativas para reestruturar suas finanças e retomar o protagonismo no cenário futebolístico. A gestão de Julio Casares aposta em medidas como o FIDC para equilibrar as contas e investir em novas promessas, buscando repetir o sucesso do rival alviverde na formação e negociação de jovens talentos.